CONFIANÇA
É comum observar pessoas que possuem dificuldades de confiar nas outras, certo?
Também conhecido como Trust Fall, o Fall Back é uma das dinâmicas que eu sempre aplico nos meus treinamentos, para trabalhar a quebra das crenças limitantes, que certamente atrapalham a entrega dos seus treinamentos.
Seu objetivo é fortalecer a confiança e superar o medo, trabalhando um processo de ressignificação, de lacunas que estão direcionadas a processos de relacionamento.
Foi desenvolvida por uma empresa norte-americana, chamada Pro Action, na década de 70 e era uma atividade de média altura, algo em torno de 1,80m.
EXECUÇÃO
Como explico no meu livro Manual do Treinador de Pessoas, nessa atividade o indivíduo sobe em um andaime e se lança de costas para um grupo posicionado em terra para aparar a queda.
Mas não é apenas isso, utilizamos muitos protocolos, como uma excelente estrutura de andaime, montada com uma altura de 1,80 a 2 metros.
Em frente, posicionamos uma escada que é amarrada à estrutura, a ideia é que o indivíduo suba até o limite de 1,80m.
Em frente à escada é formada uma esteira de pessoas que se posicionam com os braços estendidos em 90º, sendo que a altura do braço ao chão fica em torno de 1,40m.
Da localização formada pela esteira de braços até a altura de onde a pessoa irá saltar de costas, a distância média é de 50cm.
A esteira humana é gerenciada por um coordenador, um líder da nossa equipe, que segue uma metodologia específica para conduzir o processo.
Utilizamos recursos de PNL para que a pessoa consiga se lançar na esteira de braços posicionada firmemente como uma placa de ferro, não podendo envergar.
NÃO É TÃO SIMPLES!
Parece simples, mas a execução adequada requer técnica, coordenação e um profundo senso de responsabilidade.
Aqui falamos sobre riscos reais! Se houver um acidente no Fall Back, pode causar um dano grave para a aluna ou aluno, por isso você precisa evitar ao máximo que ocorram falhas e ter um plano de ação, caso aconteça.
Seguem algumas instruções importantes para que você execute a atividade corretamente:
BRAÇOS FIRMES
Os braços dos seguradores devem estar firmes, mas não rígidos a ponto de machucar quem cai e antes de iniciar a dinâmica ensino a vocês a distância ideal entre os braços, permitindo que a pessoa caída se apoie nos antebraços para minimizar o impacto.
MÃOS ABERTAS SEMPRE!
Um erro comum é quem está no chão fechar as mãos durante a queda, o que não deve acontecer, pois pode resultar em lesões para quem cai.
Os seguradores devem manter as mãos abertas e prontas para apoiar adequadamente.
EQUIPE PREPARADA
Durante a atividade, sempre vai ter alguém da equipe por perto, as coordenadoras e coordenadores.
Essas pessoas são essenciais para garantir que tudo funcione perfeitamente, gerenciando as esteiras onde as quedas ocorrem, garantindo a segurança e a eficiência do processo.
CATADORES DE BRAÇO
Nas laterais das esteiras, há membros da equipe designados como “catadores de braço”, que ficam com os braços para cima.
Sua atuação se dá na eventualidade de alguém abrir os braços inesperadamente durante a queda e essas pessoas agem rapidamente para proteger os seguradores e evitar acidentes.
NÃO RELAXE
O relaxamento precoce pode ser um problema.
Após algumas quedas bem-sucedidas, há uma tendência natural do nosso corpo de diminuir a vigilância, mas é de extrema importância manter o foco até o final da atividade para evitar qualquer incidente.
ACIDENTES = ZERO!
Como já disse, o Fall Back não é para amadores justamente pelas nossas métricas, com assertividade em 100% e acidentes zero!
Realizamos tudo com a estrutura adequada, dentro dos padrões exigidos, para entregar o máximo de segurança e qualidade.
Precisamos transmitir um aprendizado e preservar a integridade física de cada participante do nosso treinamento.
IMPORTANTE
O Fallback não se resume a “cair para trás”, é muito mais profundo.
Em cada treinamento que faço, posso observar como essa dinâmica tem o poder de transformar o medo em Reconhecimento.
Nesse trabalho, a pessoa começa a entender sua relação com o medo, os contextos de vida, e isso ajuda a ressignificar sua trajetória.
Além de fortalecer a confiança em si e nos outros, essa dinâmica ensina habilidades essenciais de trabalho em equipe e liderança.
Cada participante aprende a confiar nos outros e a assumir responsabilidades, entregando uma lição poderosa sobre como superar medos pessoais e se apoiar mutuamente em momentos de desafio.
Por isso, vale salientar que a dinâmica deve ser aplicada por alguém que tenha o conhecimento necessário para conduzir tudo da melhor forma possível.
SAIBA MAIS!
Se você quer saber mais sobre o Fall Back e outras dinâmicas, para aplicar nos seus treinamentos, participe da próxima turma do MTI!
Eu sou André Kaercher, e ser treinador não é uma opção, é a minha missão.
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